Galileu Galilei, o mensageiro das estrelas

Galileu Galilei, o mensageiro das estrelas

Adaptação da obra de Bertolt Brecht

Sinopse: Matemático, astrônomo e físico italiano, Galileu, decidido a explorar aspectos desconhecidos do Universo, construiu um telescópio com mais capacidade do que os que existiam à época. Galileu defendeu a teoria heliocêntrica de Copérnico, segundo a qual o Sol é o centro do Universo e não a Terra, o que o fez ser perseguido pela Igreja Católica. Para fugir da fogueira, teve que negar aquilo em que acreditava.

Encenação

Escrita por Bertolt Brecht, “A vida de Galileu” aborda questões que permanecem atuais. A peça teatral mostra a relação que a sociedade tem com a ciência e como essa se conserva em épocas de regimes autoritários. A peça discute diversos aspectos da ciência, a partir da biografia de Galileu, expondo episódios históricos e a relação entre ciência, arte e sociedade.

A encenação busca associar a questão do autoritarismo da época de Galileu e a aversão ao conhecimento que gera transformação com a atualidade. Inseriu-se à história de Galileu, conquistas do passado mais recente, como a presença de Mae Jamison, primeira astronauta mulher e negra a ir para Lua, que certifica a importância da busca pelo conhecimento.

Os próprios alunos participaram do processo de criação de cenografia, desde o projeto inicial até a execução. Além disso, o espetáculo é formado por múltiplas linguagens como contação de histórias, dança, capoeira, artesanato, biojoias, artes marciais (judô e taekwondo) e cozinha experimental que estão presentes na encenação, bem como o trabalho realizado pelas pedagogas e profissionais da saúde como fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, fonoaudiologia e enfermagem, que contribuíram com os cuidados aos alunos, necessários para o desenvolvimento, expressividade do corpo e voz.

“Galileu Galilei, o mensageiro das estrelas”, convida o espectador a perder a noção de realidade, ou seja, aceitar que aquilo que vê é teatro. Brecht mesmo explica que “[…] a decoração do palco não deve ser de molde a fazer o público julgar que se encontra num quarto da Itália medieval ou do Vaticano. O público deve ser mantido na convicção de que se encontra num teatro” (BRECHT). Escolhemos a estética do teatro de tábuas, com objetos e cenários executados em madeira, e figurinos que mesclam características do Renascimento, remetendo aos artistas mambembes que andavam em carroças, sempre em bandos, chamados trupes. Eles também representavam peças engraçadas ou dramáticas.

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